quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Desperdício
"A fome é a falta de capacidade das pessoas em ter controle, por meio legal ou direto, do acesso para aquisição de alimentos!" (Amartyan Sen, séc.XIX, Grande fome de Bengala - não houve a escassez, mas a falta do acesso ao alimento, devido à guerra e especulação).
Dados da ONU março de 2007 relatam que 1/3 do que é plantado no Brasil não chega as prateleiras. A perda começa no manoseio, passando pelo transporte, varejo e por ultimo na casa do consumidor. E do caminho do campo ao entreposto o índice de desperdício pode chegar a 20%.
Walter Belik, coordenador do NEPA/Unicamp, em seu trabalho Desperdício de Alimentos e Sociedade Afluente, traça os 7 paradoxos do desperdício:
. Quanto mais rica a sociedade maior o desperdício.
. Quanto maior a produção de alimentos, maior o desperdício.
. Todo esforço e tecnologia está voltado na produção de alimentos.
. Devido à concentração na produção e distribuição, reduções no
desperdício não afetam os preços.
. 3/4da humanidade vive em países que não têm condições de
repor os recursos que gastam.
. O papel dos Bancos de Alimentos se reduz na medida do seu
sucesso.
. O maior desperdício está nas áreas de riqueza tornando caro ou
inviável o transporte desses alimentos para as áreas onde está
assentada a pobreza.
Para Walter Belik a proteção do insumo do manoseio ao destino final é uma forma de evitar a perda.
No Ceasa de Belo Horizonte fez-se a substituição da utilização da madeira para o transporte em caixas, por caixas que danificam menos o produto.
Banco de Alimentos.
(Dados do NEPA)
1967 Surgiu o primeiro Banco de Alimentos do mundo, em Phoenix, Arizona-USA.
1986 Constituída a Federação Europeia de Bancos de Alimentos.
1989 Criada a Associação Canadense de Bancos de Alimentos.
2006 Global Banking Network, o movimento mundial de Bancos de Alimentos atende aproximadamente 40 milhões de pessoas e conta aproximadamente com mil organizações de bancos de alimentos ligados a rede mundial.
A função do Banco de Alimentos é encaminhar para doação o produto que perdeu seu valor comercial, mas não o seu valor nutricional.
(Dados do TCU-Brasil)
. 15% do desperdício é passível de consumo final e desse total apenas 32% está sendo doado.
. 56% dos Bancos de Alimentos informaram que não recebem alimentos do Ceasa.
De acordo com o Banco de Alimento do Ceasa-MG, de janeiro a outubro de 2009, saíram cerca de 20 toneladas de resido orgânico, para o aterro de Belo Horizonte. Lixo que podia estar alimentando muitas famílias, que poluiu para ser gerado, devido o plantio, manutenção, transporte e distribuição ou comercialização, que depois volta a poluir, pois o mesmo, no processo de decomposição gera o chorume (poluição hídrica) e biogás (polui a atmosfera).
Práticas equivocadas no manejo do campo, além de poluir geram um consumo errado e excessivo dos recursos hídricos.
Apostar as fichas no reaproveitamento de alimentos é uma pratica de segurança alimentar, além de um novo conceito para consumo.
Global Hunger Index 2008
GHI - Calculado pelo IFPRI,CONCERN e GHH a partir dos dados de subnutrição, desnutrição e mortalidade infantil.
Exportadores Líquidos:
Índia e Burkina Fasso (situação alarmante)
Mianmar e Uzbequistão (situação grave)
Paraguai Rep. Moldávia (preocupação
moderada)
Argentina, Bulgária, Rússia, Ucrânia e outros
(preocupação grave)
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Situação desagradavel e alarmante. Na minha opinião devia ser feita uma capacitação das pessoas que trabalham com a agracultura para que o desperdicio seja minimizado. Tem que ser feita uma parceria do governo com institutos de pesquisas e os agricultores para a minimizar isso por que um absurdo tanto alimento sendo jogado fora e populações mundias passando fome com situação alarmantes.
ResponderExcluirsim palha, e o melhor a fazer é começar em casa, ja que poluimos tanto para produzir algo que é nossa base de vida, pq não mudarmos nossa forma de consumo, deviamos todos abrir as geladeiras e ver o quanto tem de necessário e o quanto se faz ego e vaidade dentro dela, comemos por vaidade normalmente e não por necessidade fisica!
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