segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

A Crise Mundial dos Alimentos.


Para o Editorial Inglês - The Economist - Novembro de 2007, por todo mundo o aumento excepcional no preço dos produtos agrícolas, tem levado a população mais pobre do planeta a diminuir o seu consumo diário de alimentos.
Em diversos países, a crise tem gerado revoltas e as consequências da inflação dos alimentos são bastante aparentes.
Mas é importante entendermos as causas, para descobrirmos soluções para a crise.
O editorial aponta para três fatores, resultados de decisões políticas, que fazem parte do problema:

Subsídios Agrícolas
Os países ricos membros da OCDE, receberam cerca de 280 bilhões de dólares em subsídios no ano de 2006, tal política de subsídios impede que agricultores de países em desenvolvimento concorram pelos mercados da Europa e América do Norte, o que prejudica produtores e consumidores das nações mais miseráveis, também é prática comum na Europa e no USA pagar produtores ricos para que não produzam alimentos em suas terras, o que diminui a oferta global dos alimentos. Para piorar, de acordo com Altamiro Borges - Setembro de 2009 quando um país recebe alimentos subsidiados de um governo de outro país, ele pode redistribuir esses alimentos sem depender da receita doméstica, fica assim fortalecido o clientelismo e debilitado o estado de direito, talvez a condição mais importante para o desenvolvimento econômico social e os resultados disso são catastróficos.

Biocombustíveis
As politicas para produção de biocombustíveis tiveram efeitos perversos,de acordo com Manuel Castro Neto - maio de 2008 no USA a produção de Etanol desviou a oferta de milho para usos não alimentícios, elevando o seu preço fazendo com que seus consumidores paguem mais para poder ter tal alimento em sua dieta. Nos últimos dez anos a porcentagem de milho plantado no USA foi de 5% para 25%, onde os carros passaram a competir pelo milho, cujo o preço subiu cerca de 50%.


Restrição ao comércio
Por fim o fator mais prejudicial seja elevar os preços dos alimentos, e fechar as fronteiras para o comércio, as tarifas de importação impostas pelos governos dos países ricos prejudicam diretamente os agricultores dos países pobres, o que dificulta o desenvolvimento de uma agricultura sustentável nesses países. A remoção das barreiras ao comércio seria a melhor ajuda que os países ricos poderiam dar aos países em desenvolvimento. (ONU-março/2009).
Mas o governo dos países pobres também tem culpa, pois 70% das restrições ao comércio foram criadas pelos países pobres, a tarifa média do comércio entre países da África é de 33,6% mais alta do que em qualquer outra região do planeta (Dados da FAO - Food Prince Index - 2007). Não é dificil perceber porque a África não conseguiu criar um mercado interno que promovesse a produtividade. Para piorar, o preço elevado, levou o governos de paises como a Rússia, a Argentina e a Índia a restringir as exportações, isso diminui a oferta mundial de alimentos e aumenta seus preços.
Enquanto milhões de pessoas sentem no estômago o efeito dessas politicas governamentais, políticos insensatos continuam a reproduzir os velhos chavões protecionistas, que impedem a adaptação global as mudanças economicas, só que o protecionismo não produz comida, apenas alimento e interesses particulares, é o livre mercado que alimenta o mundo.
De acordo com a OrdemLivre.org a solução é a liberdade!

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